Enfurece-se de forma aterradora, pouco imaginável. O corpo duro, a mente transtornada, o passo rápido. E era o quê? O telefone, o telefone! Que ânsia angustiada por atender o telefone. Uma palavra e a expressão torna-se monstruosa, torna-se repulsiva. Nem dá para olhar de tão asquerosa. A voz fica grave e emudece-se de tão furiosa. Lembra aqueles índios que arrancavam o coração de alguém para oferecer aos deuses.
E nesta sociedade, tantas vezes a raiva vem e destrói. E, por vezes, como justificação para o comportamento selvagem, nomeamos a justiça. Coitada da justiça.
2 comentários:
Gosto do que escreves e da maneira como o fazes .)
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