Por vezes, embrenha-se de tal forma na sua mente, que se esquece de olhar, até mesmo dos olhos.

A cor do assunto

A ironia de se ser abelha

Foi ao ver o Bee Movie que caiu sobre mim uma vontade de entender. Elas são um belo exemplo do que é uma sociedade organizada, mesmo não pensando. É de louvar o seu papel na Natureza, já para não falar no maravilhoso mel. E quando precisam de se defender têm uma arma: o ferrão. E nós, nesta sociedade desequilibrada, desde pequeninos que tememos ser picados pela abelha. Até criamos mitos sobre a questão. Agora pensemos nos dois lados da situação: a abelha sente-se ameaçada e o seu instinto fá-la picar, o humano está assustado e não se mexe. A abelha prossegue em direcção à pele humana, o humano treme. A abelha não pensa, portanto, não sabe que vai morrer se picar a sério. Mas assim, ela também não picaria o humano porque não o saberia uma ameaça. Então, acho que o facto de elas não pensarem, não é um bom ponto de partida. Mesmo porque o instinto pode ser bem mais útil do que o pensamento (temos bem consciência que por vezes a reflexão é desviada pelo nosso desequilíbrio emocional e as coisas não correm bem). Agora, será que o instinto lhes "diz" que podem morrer em honra de salvar a colmeia? Supondo que sim, realmente são animaizinhos muito corajosos e são um exemplo do que é viver em comunidade. Se não, talvez ainda seja melhor, porque assim, "sem saber", salvam de qualquer forma não sendo demovidas por nada.
Que ironia, que interessante.

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