Estava sentada, à mesa, e lia uma daquelas embalagens que envolvem lenços refrescantes, que publicitava o restaurante, dizendo que estava fechado às Segundas-feiras. Estava escrito em Italiano, e, para perceber a que dia encerrava, tive me recordar dos poucos conhecimentos adquiridos nas muito passadas aulas de Francês (ai, aquelas aulas em que era impossível não gargalhar lá do fundo, que nos deliciavam tant). E interroguei-me sobre o porquê da semelhança entre essas línguas e a diferença com a Portuguesa, visto que todas são latinas. Investiguei e descobri que os dias da semana do Francês, Italiano, Espanhol, são nomes pagãos: cada dia é um planeta, derivam do calendário babilónico. O Domingo é o dia do Sol, a 2ª feira é o dia da Lua, a 3ª feira é o dia de Marte, 4ª é o dia de Mercúrio, a 5ª feira é o dia de Júpiter, 6ª é o dia de Vénus e o Sábado é o dia do planeta dos grandes anéis, Saturno.
Os nossos dias da semana têm origem nos tempos em que o Cristianismo começava: a liturgia católica dizia que os dias da semana da Páscoa eram os dias santos em que não se deveria trabalhar. Começava no Shabbat (sábado) e depois vinham a primeira feria (feriado, férias), a segunda e aí por diante. A evolução fonética tornou a feria em feira. Mais tarde, um imperador quis que a Prima Feria fosse Dies Dominica (dia do senhor). E ficámos com a Segunda feira, a Terça... Para sempre, não só na semana de Páscoa.
Ou seja, todos os nossos dias são férias.
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