Por vezes, embrenha-se de tal forma na sua mente, que se esquece de olhar, até mesmo dos olhos.

A cor do assunto

Confundimos calma com tristeza.
Hoje li que a música rápida é associada à alegria e que a música calma é associada à tristeza. Fiquei atónita. NUNCA tinha pensado nisto. E toda a gente fazia cara feia quando falava de música cujo ritmo era lento, mas nunca tinha olhado para a música dessa forma, via tudo o resto, menos isso. Adjectivava a música de tanto, mas nunca de calma. Todos fogem do que parece não ter batida. Talvez medo.
Um andar calmo revela serenidade, um andar calmo revela desmotivação: ambos. No entanto, o convencional é pensar que a calma entristece, torna nostálgico, entedia até. Ai, a música cujo ritmo nem se sente é a música rápida com um ritmo ainda mais rápido e por isso não se sente. É como quando algo gira muito rápido: deixa de se ver. Existe sim a melodia que nos empurra para cairmos, mas é que a outra não é nada disso. Nomeamos muito e sabemos pouco. Acabamos por baralhar as coisas.
Cá para mim a lentidão é serenidade.

1 comentário:

Marta Dantas disse...

Eu associo serenidade a um rosto sem expressão...