Por vezes, embrenha-se de tal forma na sua mente, que se esquece de olhar, até mesmo dos olhos.

A cor do assunto

EU, EGOÍSTA.

Vivo uma vida que não é a minha. Tenho uns amigos que não são os meus, ajo como não sendo eu, tenho disciplinas que não me dizem nada. Quero me convencer que sou outra pessoa.


Admiro o meu modo de pensar, mas repugno o meu modo de agir. São absolutamente contraditórios. A miséria que observo na atitude comum dói-me. Dói-me sentir aquela desmotivação desiludida e aquele desiquilíbrio constante que possuem as almas que me rodeiam e que não querem admitir que são almas. Os momentos de observação: tento encurtá-los ao máximo para não cair no negrume da consciência. E esta fuga leva-me para o meu incontrolavelmente repelente agir. O agir que se opõe descaradamente à minha maneira de pensar que às vezes se afigura tão boa. Porque não o sigo? Coragem! Falta-me coragem! Se o seguisse, as pessoas que amo tanto, iam-se.

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