Por vezes, embrenha-se de tal forma na sua mente, que se esquece de olhar, até mesmo dos olhos.

A cor do assunto

Oasis

Entra-me pelos ouvidos e instala-se no conforto do meu íntimo. Leva-me a tempos já passados. A voz é-me tão familiar, já fazem tão parte de mim.
Recordo-me de ser pequena e ter na mão os cds e parecerem-me todos iguais: as capas tinham lá as suas semelhanças. Não tinha ainda capacidade de associar essas coisas à música, mas recordo-me de ouvir e gostar, apesar de ainda não perceber muito bem o que diziam. Não distinguia umas músicas das outras: mas reconhecia-os se eram eles que tocavam na aparelhagem das minhas irmãs. E naquele rádio, enorme, da Sony. Lembro-me tão bem. Não tinha consciência nenhuma do que era estar a ouvir aquilo, nem era eu que os punha a dar. As minhas irmãs punham a música e aquilo ia entrando em mim.
Ouvi-los hoje traz-me aconchego. Com tudo isto que muda, ainda há alguma coisa que permanece dos meus tempos de pequena. É óptimo sentir isto. Não mudei muito quanto à capacidade de associação. No entanto, agora aprecio melhor. Pode ser mais do mesmo, mas é um mesmo que me dá gozo. Esta mesma música. E o que me apraz mais é isso, é ter ficado.

1 comentário:

Anónimo disse...

E vai ser bom, mesmo muito bom poder contemplar uma noitinha ao som deles tão pertinho de nós.