Não consigo mais. Incrível como em tempos consegui escrever o que nestas páginas se deita e rola e espreguiça. Agora não sei mais. Mas há um assunto sobre o qual gostaria de tentar escrever. A evolução. O que é a evolução? "O que mais vão inventar?" é a pergunta que mais frequentemente nos chega à boca. À boca porque talvez nem tenha passado pela mente. A evolução de que falo é a da Humanidade.
O dentista arrancou-me os sisos. Já não como carne crua que o meu homem das cavernas trazia das caças. Agora alimento-me de forma diferente, mais leve. E ainda bem. É uma evidência da evolução. Esta, em si, acontece de duas formas diferentes na nossa alma. Moral e intelectualmente. Mas hoje é a intelectualidade que mais se busca. O que mais vão inventar? O amor!
O que mais vão inventar? O amor, o amor.
Papá, papá
- Papá, papá, o que é o sonho?
- O que achas que é, filho?
- Ouvi dizer que as crianças deviam ter muitos. E que ninguém nos devia tirar os sonhos. São doces, papá?
- É isso mesmo, são doces.
- Então mas tu dizes-me sempre que só devo comer doces de vez em quando!
- Sim, é verdade, só deves comer doces de vez em quando, mas isso não te impede de teres muitos.
- Mas os doces não são para comer?
- Os sonhos são uns doces diferentes. Deves mantê-los sempre contigo, mas só comes um de tempos a tempos.
-Porquê?
- É que depois de comeres, o sonho desaparece e cada sonho é especial, não é só um doce.
- Então o sonho é um doce para o coração, pai?
- Sim. Antes de o comeres, ele está lá no coração, depois vai-se embora. Mas tem validade. Por isso, tens sempre de o comer. É um doce manhoso.
- Ó pai, então eu não quero sonhos!
- Olha aqui, já estás cheio de sonhos!
- Então vou deixá-los no meu coração. Depois vejo isso da validade. Que achas, pai?
- Seguirei o teu exemplo, filho.
por Rato Grande à(s) 8.2.09 1 comentários
Entramos dentro das pessoas. As pessoas entram dentro de nós. Não dá para arrancar. E ainda bem, apesar do perigo.
por Rato Grande à(s) 7.2.09 0 comentários
Oasis
por Rato Grande à(s) 7.2.09 1 comentários
Hoje uma pomba branca passou por cima de mim e pousou ali perto, acompanhando-me na reflexão.
por Rato Grande à(s) 24.1.09 0 comentários
Como é bom viver!
Quando o mundo exterior derrotou a alma e esta pouca resistência ofereceu, ele pode estar em ruína e atingir a alma com tudo o que de mau existe, mas a vida permanece. Estando vivos, temos a garantia que não morreremos nunca, como almas. Apesar de tudo parecer desabar, isso é facil mudar porque tudo depende do que temos aqui dentro, e ainda somos livres! Sendo assim, o amor parece estar na dádiva.
Imaginando a alma na sua essência, calma e bem. Olhamos para cima, inspiramos fundo, e inevitavelmente nos invade uma energia agradável. Sabemos que o dia se segue à noite. Sabemos que temos um chão que nos suporta, uma força que nos agarra a este planeta. Sabemos que o Sol é energia. A nossa mente é incrível, as nuvens deixam-nos sentar sem problemas, a música já nasceu connosco, as imagens que aparecem aqui dentro mantêm-se, se lhes dermos importância. O coração bate a um ritmo que nos permite viver rindo, correndo, criando, viajando. A vida nas plantas é o que nos dá o que respirar, o que comer, o que admirar. Os animais. Em cada um deles encontramos encantos e até inspiração. A praia ao fim da tarde, com o Sol a pousar lá longe mas aqui dentro, com a certeza que cumpriu a sua missão do dia, as gaivotas a emitirem aqueles sons que nos despertam, as ondas a rebentar sem medo das rochas, despoleta a reflexão em mim, mais, o amor. As almas de quem gostamos enchem-nos de satisfação e vontade de fazer mais e melhor, porque são capazes de amar. Nós temos a capacidade de amar! E as relações são prioridade para o bem-estar, de qualquer pessoa. Como alguém disse, a felicidade só é real quando partilhada.
Dão-nos a vida, a capacidade de amar, este planeta repleto de beleza e barulhinho bom. Suavidade, cor, aroma. Cabecinha. Ai, se quem nos deu isto não nos ama, o amor não existe.
por Rato Grande à(s) 22.1.09 0 comentários
A culpa não é da tecnologia nem dos tempos. Cada um de nós tem o livre-arbítrio. Nós é que decidimos com o quê nos distrairmos ou não. Ai, é um paradoxo, isto da liberdade. Sempre que se reivindica a liberdade, o que se reclama é a liberdade de nos deixarmos prender. É mais confortável.
por Rato Grande à(s) 15.1.09 0 comentários