Por vezes, embrenha-se de tal forma na sua mente, que se esquece de olhar, até mesmo dos olhos.

A cor do assunto

O sentido está mais puro. Cada vez o mundo se torna mais bonito na minha mente. Ela agora é só delícias. E as proposições vão-se. E a experiência não se conhecer sequer por fora.

Muitas palavras, pensamentos completamente impensados, desabafos, confiança, muita confiança. É este o ambiente. E estou ali contigo. O silêncio entre nós não é aterrador, nem ensurdecedor, nem nostálgico. É de me fazer chorar. Tu, vocês, merecem uma pessoa decente.
Críticas que me fazes, com algum nojo. Críticas que eu ouço e finjo ignorar por não serem críticas negativas. Críticas que me fazes por não gostares de eu ser chata e querer ser o teu grilo. E é por isto que não são negativas. Tu, vocês, são pessoas e fazem-me sentir não pessoa, só por existirem.
É impossível. Não dá.
Já nasci impedida de ser amada por ti, por vocês. É porque eu me impeço. E como ao nascer, o eu veio comigo, é impossível.
Lamento tanto não conseguir fazer descansar o silêncio fazendo te sentires bem. Lamento não conseguir. Lamento a falta de alegria e o eu estar e ser.

VOAR

Livre, livre, livre.
Aquela sensação de que as nossas ideias estão já no mundo. Há quem as conhece, e isto dos outros terem uma parte de nós, genuína, é muito giro.
E há liberdade, há aquela coisa de deliciar-se com a música. E ler, ler um bocado do ser do autor. E rir sozinho porque apetece correr e fazer bolas de sabão. E sentir a harmonia do Bem a entrar e a não sair depressa. Ai, ser livre é óptimo. E o contacto com as pessoas é só a nossa expressão facial.

Adoro escrever isto, pah.

Ah, Parabéns primo.

Coisas minhas.

Deram-me coisas, eu fui buscar outras. Estou, cheia cheia de coisas, portanto. Mas não são materiais, são coisas para me ocupar. Mas não estou ocupada, porque deitei as coisas todas para a cama e não me apetece perturbar-lhes o descanso. Só que a cama quer se levantar e ir à sua vida. Agora tenho as coisas na mão e não quero que elas me ocupem. Todo e qualquer lugar que, hipoteticamente, poderia servir de apoio, olha para mim com cara de "a responsabilidade é tua".
E pronto, agora já estou ocupada, para me desocupar daqui a uns tempos.

A música está a puxar-me. O céu já fugiu e não me quer com ele. A música é forte, pah. É forte e apetece-me sê-la.

Gostas de Portugal como teu país?

Agora que a votação está encerrada, vamos analisar. Então, 68% daqueles que votaram afirmam amar o país, não fanataticamente, o que é muito positivo. Tendo em conta, que a maioria foram jovens, temos aqui a prova de que, afinal, sabemos valorizar as coisinhas boas do nosso belo país e que não achamos que os outros são melhores. 21% disseram que gostam, sim senhores, por causa da "pacatice" das pessoas, reflectindo assim o quanto a população gosta do convívio: muito bom, pah. Por outro lado, 11% fizeram jus à ausência de censura e negaram gostar de Portugal. Como justificação, 8% votaram no "isto está muito mau!". Adoro isto, porque significa mais não concordar com as medidas do governo do que não gostar do país, o que revela o espírito crítico, espero bem construído. O que resta são 3% que disseram não gostar nada: agradeço a sinceridade.
Agradeço aos que tiveram a consideração de votar.